Após 14 anos, a Argentina pagou, nesta sexta-feira (22), US$ 9,3 bilhões a seus credores e deixou o calote.
Saldar as dívidas com os chamados fundos abutres (credores que compraram papéis “podres” da dívida do país e não aceitaram as reestruturações dos anos 2000) era uma das promessas de campanha de Mauricio Macri, que assumiu a Presidência em 10 de dezembro de 2015.
As negociações começaram um mês após a posse de Macri e duraram 48 dias. O governo precisou aprovar uma lei que autorizava o pagamento na Câmara dos Deputados e no Senado, além de emitir uma dívida de US$ 16,5 bilhões para levantar os recursos necessários.
O ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, comemorou. “Com essa assinatura, autorizamos o pagamento e colocamos fim a um default de quase 15 anos”, escreveu em sua página no Facebook, onde também publicou uma foto com o momento em que firmava os papéis.
“Começa uma nova etapa. Os argentinos [estão] prontos para empreender e crescer”, acrescentou.
Daniel Pollack, indicado pela Justiça americana para mediar as negociações entre o governo e os fundos, emitiu um comunicado em que afirmou que o juiz Thomas Griesa (responsável pelo caso) estava satisfeito com o resultado.
“O juiz está muito satisfeito com esse importante acontecimento do litígio de 15 anos que conduziu.”
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