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O preço do gás natural que a Argentina compra da Bolívia aumentará a partir de maio, como parte de um acordo amplo entre os dois países para incentivar o negócio e industrializar conjuntamente o produto, disse neste sábado a mídia boliviana.

O acordo surgiu de uma negociação longa entre o ministro de Hidrocarbônicos da Bolívia, Andrés Soliz, e o ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, e se concluiu na noite de sexta-feira em La Paz.

O entendimento entre La Paz e Buenos Aires foi anunciado apenas quatro dias depois de o ministro Soliz não conseguir grandes progressos em uma negociação com o Brasil, o maior comprador de gás boliviano, para aumentar o preço do produto, segundo informações de Brasília.

De acordo com o pactuado na sexta na capital boliviana, o chamado "preço solidário" para o gás boliviano na Argentina será deixado de lado a partir de maio, quando começará a se aplicar outro, resultado de uma "revisão integral" do convênio de compra e venda.

A Argentina "reconheceu" que o preço atual, cerca de US$ 3,18 por milhão de unidades térmicas britânicas, "não está de acordo com a realidade", disse Soliz, conforme citação do jornal La Razón.

- Vamos conseguir melhores preços para a Bolívia a partir das cobranças do mês de maio - completou o ministro. Segundo ele, o país quer que os preços reflitam "a realidade do mercado mundial". O ministro De Vido, por sua vez, disse:

- Vamos analisar os preços e otimizar os volumes.

A Bolívia tem a segunda maior reserva de gás natural da América do Sul. A venda para a Argentina e o Brasil, seus únicos mercados, alcançaram em 2005 quase 1 bilhão de dólares, mais de um terço de todas as exportações bolivianas.

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