A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, determinou a prorrogação por mais 30 dias da intervenção federal na empresa petrolífera YPF, que foi expropriada no mês passado. A companhia era administrada pela espanhola Repsol. A decisão está publicada no Boletim Oficial do país (espécie de Diário Oficial da União).
O texto informa que o ministro do Planejamento, Investimentos Públicos e Serviços da Argentina, Julio de Vido, e o vice ministro da Economia e de Finanças Públicas do país, Axel Kicillof, são os principais responsáveis pela intervenção.
O Decreto 732 é assinado pela presidenta Kirchner e pelo chefe de gabinete, Juan Manuel Abal Medina. No texto, ela diz que "a magnitude e a complexidade das tarefas e funções atribuídas determinam a necessidade de continuar a intervenção".
No dia 16, a presidenta anunciou a expropriação da YPF e a intervenção federal na empresa. Cristina Kirchner alegou que os investimentos referentes à companhia na Argentina estavam abaixo do esperado pelo governo. A Câmara e o Senado aprovaram a iniciativa do governo por ampla maioria.
Pela proposta, 51% das ações da YPF foram expropriadas. O governo escolheu como gerente-geral executivo da empresa, Michael Galuccio. A expropriação e a intervenção provocaram críticas na Europa e nos Estados Unidos.