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A Argentina vai enfrentar um volume de pagamentos sobre o principal e os juros de sua dívida nacional no total de US$ 21,5 bilhões durante os próximos 16 meses, de acordo com um relatório elaborado pela corretora local Maxinver. Esse valor corresponde a cerca de 3,6% do PIB esperado para o país no período, segundo Alejandro Vinitzky, analista da Maxinver. A dívida total é formada por empréstimos externos e domésticos.

A aproximação dos pagamentos e a falta de acesso da Argentina aos mercados internacionais de crédito têm espalhado rumores na imprensa local de um iminente plano de reestruturação da dívida, mas autoridades negam os boatos. "Não estamos trabalhando sobre nenhum plano relacionado aos bônus que não foram reestruturados em 2005, nem sobre qualquer novidade relacionada ao Clube de Paris", afirmou uma fonte da Secretaria de Finanças da Argentina

Nesta semana, reportagens da imprensa local afirmaram que as autoridades estariam discutindo sobre o problema da dívida devida a governos de outros países do Clube de Paris e aos portadores de bônus que não aderiram a reestruturação da dívida em 2005. A dívida com o Clube de Paris está em atraso desde a crise da Argentina de 2002 e agora valem cerca de US$ 6,5 bilhões.

Os portadores de bônus privados que ficaram fora da reestruturação da dívida em 2005 alegam que têm a receber US$ 20 bilhões em dívida principal e bilhões mais em juros vencidos não pagos.

Agora o país está enfrentando os desafios financeiros mais sérios vistos desde a crise de 2002. Os bônus do país estão desvalorizados nos mercados: em dois dias especialmente voláteis neste mês, eles perderam quase 10% em valor antes que um plano de recompra do governo os ajudasse a se recuperar.

Os economistas concordam amplamente que acabar com a dívida atrasada melhoraria a posição da Argentina nos mercados internacionais e melhoraria sua capacidade de levantar fundos. Mesmo assim, autoridades estão minimizando os riscos e destacando os indicadores positivos, que dizem apontar para uma sólida base fiscal.

"O programa de financiamento deste ano não exige a volta ao mercado", afirmou o oficial da Secretaria de Finanças. No entanto, "estamos de olho no que pode acontecer em 2009, quando cerca de US$ 30 bilhões em dívida vão vencer". "No momento, as condições para a Argentina são desfavoráveis para uma emissão de bônus, mas estamos trabalhando nisso." As informações são da Dow Jones.

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