Um jovem economista com grande experiência no serviço público, atualmente liderando o segundo maior banco do país, assumirá o comando da forte economia argentina a partir de 10 de dezembro, com a posse da presidente eleita Cristina Kirchner.

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Com apenas 36 anos, Martin Lousteau já foi ministro da Produção na província de Buenos Aires em 2005, chefe do Gabinete da mesma região no ano anterior e assessor do presidente do Banco Central entre 2003 e 2004.

Lousteau deixará o Banco da Província de Buenos Aires para conduzir uma economia que cresceu a um ritmo superior a 8 por cento anualmente durante os últimos cinco anos, o que permitiu ao presidente Néstor Kirchner reduzir em mais da metade os índices de pobreza e desemprego.

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Mas o desafio que o aguarda não será fácil: terá de combater a crescente inflação, que tem mantido os argentinos inquietos, e lidar com os conflitos que começaram no órgão estatal de estatísticas depois de uma intervenção do governo.

O futuro ministro substituirá Miguel Peirano no dia 10 de dezembro, que anunciou recentemente que não faria parte do novo gabinete, justamente pelos desentendimentos relacionados aos conflitos com o organismo que monitora a evolução dos preços.

Tanto analistas como operadores questionam os números de inflação informados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec, na sigla em espanhol) e acusam o governo de manipulá-los.

JUVENTUDE E EXPERIÊNCIA

Graduado em Economia e com mestrado em Ciências Econômicas em Londres, Lousteau deverá lidar com a figura de Kirchner, que não ocupará um cargo formal durante o mandato de sua esposa, mas fará sentir sua influência, especialmente na área econômica, que tem administrado de forma pessoal.

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E tudo indica que o novo ministro seguirá a linha já traçada de políticas de apoio ao desenvolvimento industrial, regime de câmbio competitivo e superávit fiscal e comercial.

Apesar de sua pouca idade, Lousteau, que é o segundo ministro da Economia mais jovem da história argentina, tem mostrado temperamento e decisão, segundo analistas.

"Me parece bom, é um economista muito prestigiado, com experiência do Banco Província e do Ministério da Produção da província (de Buenos Aires)... é uma indicação muito boa", disse Mario Vicens, presidente da Associação dos Bancos Argentinos.