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América Latina

Argentinos se unem contra a inflação

Obelisco em Buenos Aires: argentinos tentam segurar preços | Christian Rizzi / Gazeta do Povo
Obelisco em Buenos Aires: argentinos tentam segurar preços (Foto: Christian Rizzi / Gazeta do Povo)

A desvalorização cambial que ocorreu na Argentina está provocando uma pressão inflacionária que está aumentando a tensão no país. Consultorias preveem que os preços devem subir mais de 40% neste ano. A reação popular tem sido se organizar contra os estabelecimentos que sobem os preços.

Na sexta-feira, milhares de pessoas aderiram a um "blecaute de consumo" que convidava os argentinos a não comprar em supermercados, cadeias de eletrodomésticos, nem abastecer seus carros durante o dia todo, em protesto pelos aumentos de preços após a desvalorização do peso.

A chamada ao boicote foi beneficiada pelas intensas chuvas e tempestades elétricas que castigaram grande parte do país, inclusive a capital Buenos Aires. A iniciativa, divulgada através das redes sociais, onde alcançou mais de 200 mil adesões, foi respaldada também por algumas das principais associações de consumidores do país, como Usuários e Consumidores e a União de Consumidores Argentinos (UUC).

Uma das empresas mais visadas no país é a Shell, que subiu o preço de seus combustíveis em 12% na segunda-feira passada, mas dois dias depois moderou a alta a 6% após um acordo com o governo liderado por Cristina Kirchner.

Nas últimas semanas, o governo argentino manteve reuniões com os setores produtivos para conter a inflação, mas os consumidores denunciam que continuam os aumentos.

Organizações de consumidores denunciaram perante a Secretaria de Comércio Interior da Argentina aumentos de até 50% nos preços dos remédios. Segundo as entidades denunciantes, os 34 laboratórios analisados produziram aumentos de entre 15% e 50% em 5 mil remédios entre os dias 20 de janeiro e 1 de fevereiro.

As organizações de consumidores se deram conta do aumento dos preços quando vários aposentados lhes informaram que tinha havido uma alta nos remédios. O aumento dos remédios ocorre enquanto o governo implementa o plano "Preços Cuidados", que tenta frear a escalada inflacionária depois que o peso argentino se desvalorizou mais de 22% em relação ao dólar durante janeiro.

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