Sob o impacto da retração de praticamente todos os setores da economia, como indústria, serviços e comércio, o ano começou mal no quesito arrecadação.

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A receita de impostos, taxas e contribuições caiu 6,7% em janeiro, já descontada a inflação, comparando com o mesmo mês do ano passado, somando R$ 129,4 bilhões. É o pior resultado para o mês desde janeiro de 2011.

De acordo com dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (25), o principal tombo de arrecadação foi relativo a receitas previdenciárias, que encolheram R$ 2,4 bilhões em janeiro, comparando com igual período de 2015.

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A queda na arrecadação previdenciária, puxada pelas demissões, aconteceu mesmo com o fim da desoneração na folha de pagamento de alguns setores, o que salvou R$ 802 milhões em janeiro, e reforça o discurso do governo Dilma de que é necessária uma reforma na Previdência.

Houve queda expressiva também na arrecadação de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), de R$ 1,5 bilhão; na arrecadação de imposto de renda e CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), de R$ 1,1 bilhão; e queda de R$ 1,1 bilhão do Imposto de Importação.

Em volume de imposto, o comércio foi o setor da economia em que a arrecadação mais encolheu, reflexo da queda de vendas e do atual cenário de baixa confiança do consumidor.

Medidas

O governo já esperava um resultado fraco na arrecadação nessa largada do ano, mesmo com a redução de desonerações em R$ 2,9 bilhões só em janeiro e aumentos de impostos, e prepara uma série de medidas para tentar reanimar a arrecadação e aliviar o caixa.

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O governo já aumentou a cobrança de impostos sobre cigarros, chocolate e vinho neste ano. A equipe econômica de Dilma Rousseff confia ainda nas receitas adicionais com a retomada da CPMF, o chamado imposto sobre o cheque, decisão que precisará passar pelo crivo do Congresso.