A receita do governo federal começou o ano com desempenho abaixo do necessário para o cumprimento das metas oficiais. Divulgada ontem, a arrecadação de impostos e outros tributos somou R$ 123,7 bilhões no mês passado, numa expansão de 0,9% acima da inflação sobre o resultado de janeiro do ano passado.
O montante é recorde histórico, mas a taxa de crescimento é fraca diante das expectativas da área econômica do governo Dilma Rousseff, que dependem de mais receita para contrabalançar a escalada das despesas neste ano eleitoral.
Na semana passada, quando anunciou as metas fiscais para 2014, o governo projetou aumento de 3,5% acima da inflação para a arrecadação tributária. Trata-se de uma taxa elevada para uma economia que oscila entre a estagnação e a retração.
Tributos importantes, em vez de aumento, mostram queda de receita. Incidentes sobre salários e lucros, o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) tiveram perdas de 1,3% e 2,7%, respectivamente. Principal tributo da União incidente sobre o consumo, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) também mostrou perda, de 4,8%.