A Receita Federal arrecadou R$ 12,7 bilhões em tributos e contribuições no Paraná entre janeiro e novembro, valor 8% maior que o registrado em igual período de 2004. A estimativa da instituição é chegar ao fim do ano com uma arrecadação de R$ 14,2 bilhões, com incremento de 8% em relação ao passado (R$ 13,2 bilhões). O superintendente da Receita no Paraná, Luiz Bernardi, informou ontem que o crescimento previsto para o estado é ligeiramente inferior ao projetado para todo o país, que é de 9%, com arrecadação de R$ 329 bilhões.
"Os efeitos da seca deste ano comprometeram um pouco a arrecadação no Paraná. Sempre que há oscilações econômicas, a arrecadação também oscila", disse Bernardi. "Mas o aumento de 8% está em linha com a inflação e supera com folga a previsão de crescimento do PIB do país." O superintendente disse que ainda não foram sentidos os efeitos da febre aftosa, mas que isso é questão de tempo.
De janeiro a novembro, a Receita apreendeu R$ 183,3 milhões em produtos que entrariam no país de maneira irregular. A estimativa para o ano todo é de R$ 211,1 milhões, com aumento de 79% em relação ao valor das mercadorias confiscadas em 2004. Bernardi estima que o Paraná responda por 35% do total de apreensões desse tipo no país.
"Esse crescimento das apreensões é resultado de duas coisas. A primeira é o fortalecimento do trabalho conjunto com as polícias, o Ministério Público e a Justiça Federal. Outro motivo é o redirecionamento de mão-de-obra para a fronteira com o Paraguai, inclusive usando funcionários da Receita de outros estados". Segundo o superintendente, 633 ônibus foram apreendidos em 11 meses mais do que os 401 retidos em todo o ano passado.
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