A arrecadação federal que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties somou R$ 73,02 bilhões em janeiro deste ano, informou nesta terça-feira (23) a Secretaria da Receita Federal.
Os números do órgão mostram que houve um aumento real (após o abatimento da inflação) de 13,6% em relação a janeiro do ano passado, quando a economia brasileira sentia os efeitos da crise financeira internacional, o que gerou queda da arrecadação.
Segundo a Receita, a arrecadação do mês passado é a melhor para meses de janeiro da história e, também, a terceira mais alta para todos os meses, sendo superada apenas por dezembro do ano passado (R$ 74,4 bilhões) e dezembro de 2007 (R$ 73,04 bilhões).
Fatores para o aumento
De acordo com o órgão, a arrecadação foi influenciada, em janeiro, pela maior antecipação de recolhimento da declaração de ajuste anual do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPF) e da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL). Sobre janeiro de 2009, a arrecadação destes tributos apresentou um crescimento real, respectivo, de 19,7% e de 18,6%.
Outro fator que contribuiu para o incremento da arrecadação, em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi a compensação, realizada em janeiro de 2009, de R$ 811 milhões - fator que baixou a arrecadação naquele mês.
Além disso, o maior nível de atividade econômica também ajudou no resultado. A Receita informou que foi registrado o crescimento de 18,9% na produção industrial no período.
O aumento de 41,5% no volume de vendas de veículos em janeiro deste ano também influenciou no crescimento da arrecadação, gerando um aumento de 712% na arrecadação do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis.
Também contribuiu para o incremento da arrecadação, em janeiro deste ano, o aumento de 25,5% na arrecadação do Imposto Sobre Operações Financeiras. A Receita Federal explica que a receita deste tributo cresceu por conta do aumento da alíquota para investidores estrangeiros em 2%, anunciada em outubro do ano passado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
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