Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Comércio ético

“Artesanato justo” usa marketing

O apelo do artesanato produzido dentro dos princípios do comércio justo (sustentável e ético) não basta para vender produtos em grande escala. Para alavancar vendas, organizações e empresários usam ferramentas de marketing para divulgar marcas de produtos de qualidade. É o caso da Solidarium, loja de artesanato aberta há poucos dias no shopping Novo Batel, cuja inauguração será hoje à noite. O projeto de geração de renda é uma das iniciativas da ONG Aliança Empreendedora.

Os produtos vendidos incluem objetos de decoração em palha de milho e sementes, bolsas de fuxico e almofadas – feitos por moradores carentes de 16 municípios da grande Curitiba e do Vale do Ribeira (nesse caso, com apoio do Sebrae). "O foco é gerar renda para as comunidades produtoras e ensiná-las a criar produtos bem feitos", conta o coordenador da loja, Tiago Dalvi.

Os produtos também são vendidos por catálogo, blog e quiosques experimentais em lojas da rede Wal-Mart. O fluxo de vendas tem sido bom, apesar de irregular. "Tem dias que vendo R$ 1 mil, e em outros não vendo nada", conta a vendedora Karynn Kmihs. Segundo ela, quando a pessoa recebe informações sobre a origem das peças, que são fruto do trabalho de comunidades carentes, mostra-se mais propensa a comprar.

O aluguel do ponto está sendo doado pela administração do shopping Novo Batel. "O shopping achou interessante ter uma loja solidária", conta Dalvi. Os produtos são comprados dos artesãos antes de chegar ao ponto de venda, e 7% do valor arrecadado é reaplicado na divulgação da marca. O desenvolvimento dos produtos também é acompanhado por meio de um núcleo de design da ONG, que mantém há cinco meses quiosques experimentais nos hipermercados Big Boa Vista e Avenida das Torres. Outro canal de comercialização é o blog www.sousolidarium.blogspot.com.

Também baseada nos princípios da solidariedade, a loja de artesanato Txai integra um café e restaurante orgânicos. A inauguração oficial foi feita na última sexta-feira. A proprietária, a publicitária Monalisa Stefani, já havia administrado por dois anos e meio a Butique Solidária, no shopping Estação – parceria encerrada com a venda do centro comercial ao grupo BR Malls –, e hoje vende produtos de 40 comunidades do país na Txai (Avenida Batel, 1.440).

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.