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As conferências sobre biodiversidade da ONU (COP8-MOP3) foram o maior evento que Curitiba já recebeu. Foram 4,5 mil congressistas de 109 países e 22 mil visitantes. Números mais curiosos, que dizem respeito aos bastidores da organização, serão o tema da palestra que o executivo Carlos Miranda realizou ontem na feira de turismo de negócios (Lacime), em São Paulo. Ele é diretor do espaço anfitrião do evento, o Expo Trade, de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. "Foi um evento que exigiu números grandes. Pela diversidade étnica, oferecemos alimentação de nove restaurantes, quando normalmente são um ou dois. Os 200 taxistas que atenderam o evento também passaram 45 dias treinando inglês", diz Miranda. O evento movimentou US$ 15 milhões em uma semana, incluindo 4 milhões de cópias em papel (na transcrição das palestras em seis idiomas), 8,8 mil sanduíches, 62 mil refeições (a R$ 12 cada), 12,4 mil pedaços de pizza (R$ 4,5 cada), 18,9 mil latas de cerveja, 1,7 mil garrafas de vinho, 25 mil latas de refrigerante, 8,5 mil cafezinhos, 22,9 mil garrafas de água e 102 expositores (62 do Brasil). Mas, mesmo provando que os operadores de eventos em Curitiba são capazes de gerenciar tudo isso, o Expo Trade acaba de perder um congresso internacional de Energia para o Rio de Janeiro – o destino de mais de um quarto dos eventos desse porte realizados no Brasil. "É uma pena", lamenta Miranda, lembrando que o turista em viagem de negócios gasta em média R$ 270 por dia, enquanto o turista tradicional, apenas R$ 125, de acordo com a Embratur.

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