Eleito há três meses, o novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Cavalho de Azevêdo, toma posse na segunda-feira (1º). Ele já nomeou praticamente toda a equipe. O brasileiro escolheu especialistas de distintas nacionalidades portuguesa, australiana, francesa, sul-coreana e brasileira. Os principais desafios da equipe são relançar a liberalização do comércio mundial e reforçar os pactos multilaterais de comércio.
Azevêdo substitui o francês Pascal Lamy, que ficou oito anos no cargo. Com 55 anos, o embaixador brasileiro trabalha com assuntos econômicos e comerciais há mais de 20 anos. De 2005 a 2006, ele comandou a delegação brasileira nas negociações da Ronda Doha da OMC, que atua na liberalização de mercados e foi embaixador permanente do Brasil na entidade, a partir de 2008.
Para sua equipe, Azevêdo nomeou como chefe de gabinete o ex-embaixador da Austrália na OMC Tim Yeend. Também fazem parte do grupo Graça Andresen Guimarães, representante permanente de Portugal nas Nações Unidas em Genebra, a sul-coreana Jung Ae-gyoung, jurista na OMC, e a brasileira Tatiana Prazeres, ex-secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Na área jurídica, Azevêdo manteve o francês Yves Renouf. O gabinete dele terá ainda o apoio de Jenifer Mutano, da divisão de acesso ao mercado da OMC, Isabel Ribeiro, da área de recursos humanos da entidade, além de Tilde Baptista-Kreyenbuhl, Napoleon Sacramento, Saskia Shuster e Fernando Perenzin, que também trabalham no órgão.
O processo de eleição para a OMC começou em março, com nove candidatos (Brasil, Costa Rica, México, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Indonésia, Gana, Quênia e Jordânia). Mas no final de abril, a organização definiu que a disputa ocorreria entre Azevêdo e o mexicano Herminio Blanco. O brasileiro saiu vitorioso.
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