A assembléia de acionistas da Telemar para votar o plano de reestruturação acionária da empresa, nesta sexta-feira, no Scala, não foi realizada, mais uma vez, por falta de quórum. Estiveram presentes apenas acionistas detentores de 35% das ações preferenciais, enquanto o mínmo exigido era de 50% mais um.
A decisão prejudica as ações ordinárias da empresa, que têm a maior queda da Bolsa de Valores de São Paulo.
Uma nova assembléia está marcada para a próxima segunda-feira, quando o quórum mínimo exigido cai para 25%. Nesta sexta-feira, no entanto, os acionistas que detinham papéis ON e PN da companhia não puderam votar por conta de decisão da desembargadora Valéria Maron , do Tribunal de Justiça do Rio, que concedeu uma antecipação de tutela aos fundos de investimentos Polo HG e Polo Norte.
Na prática, a decisão afetou especialmente a Previ e o BNDES que, juntos, têm quase 6% das ações preferenciais da companhia, com forte poder de peso na decisão, além de ações ordinárias.
A reestruturação acionária da Telemar é a maior deste tipo já realizada no país e visa a retirar do mercado papéis da Telemar Participações, Tele Norte Leste Participações e Telemar Norte Leste, dando em troca, aos investidores, ações da nova empresa Oi Participações.
A assembléia de acionistas da Telemar nesta sexta-feira é a segunda tentativa da empresa de levar à frente a reestruturação. Na primeira tentativa também não houve quórum para votação.
Segundo a relação determinada pela Telemar, acionistas detentores de papéis ordinários receberão 2,6 vezes mais papéis da Oi Participações do que os preferencialistas. A proporção está sendo considerada injusta por alguns fundos detendores de ações preferenciais.
Por conta disso, a Comissão de Valores Mobiliários determinou que apenas detentores destes papéis poderão votar na assembléia. Mas quem tem tanto ações ordinárias quanto preferenciais também poderia participar, concessão que foi cancelada nesta quinta-feira pela Justiça.
O advogado dos fundos de ações Pólo HG e Pólo Norte, Samuel Mac Dowell de Figueiredo, disse nesta sexta-feira que pretende entrar com uma ação para obter a lista de presença da assembléia .
Segundo ele, compareceram cerca de 100 pessoas mas o quórum (em relação a representatividade do capital), de 35%, foi maior do que na primeira assembléia quando havia 400 pessoas que detinham 29,17% das ações PN.
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