A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na manhã desta sexta-feira (8), voltou a ressaltar que a confiança dos empresários brasileiros continua elevada, embora agora esteja em "menor escala", o que se configura como um canal de contaminação da crise internacional para a economia doméstica. Apesar de a expansão da demanda doméstica ter se moderado, na avaliação do colegiado, são favoráveis as perspectivas para a atividade econômica neste e nos próximos semestres, com alguma assimetria entre os diversos setores.

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"Essa avaliação encontra suporte em sinais que apontam expansão moderada da oferta de crédito tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, e no fato de a confiança de consumidores e, em menor escala, de empresários se encontrar em níveis elevados", trouxe o documento.

A perspectiva do colegiado é a de que a atividade doméstica continuará a ser favorecida pelas transferências públicas e pelo vigor do mercado de trabalho, que, conforme o Comitê, se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em crescimento dos salários. Os diretores fizeram essa avaliação, apesar de salientarem que existe certa acomodação na margem.

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Para o Copom, aumentam as evidências de que a transmissão dos desenvolvimentos externos para a economia brasileira se materializa por intermédio de diversos canais. Entre eles estão moderação da corrente de comércio, moderação do fluxo de investimentos e condições de crédito mais restritivas. "Também constitui canal de transmissão de grande importância a repercussão sobre a confiança de empresários."

O comitê considerou ainda que os efeitos da complexidade que cerca o ambiente internacional se somaram aos da moderação da atividade doméstica. "Dito de outra forma, o processo de moderação em que se encontrava a economia brasileira já no primeiro semestre do ano passado foi potencializado pela fragilidade da economia global."

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