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Uma nova fonte de preocupação em relação à inflação ronda o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). “A persistência de uma conjunção de maior resiliência de consumo e queda no investimento poderia provocar, no médio prazo, um excesso de demanda em relação à oferta, com potenciais impactos sobre os preços”, diz a ata divulgada nesta terça (19) de manhã em que explica as razões para a queda de juro para 11,75% ao ano.
O investimento produtivo, conhecido pelos economistas como formação bruta de capital fixo, acumula quatro quedas trimestrais no comparativo com os três meses anteriores. Já o consumo das famílias acumula nove altas seguidas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 12 meses, o consumo aumentou 3,7% em relação ao período anterior, enquanto o investimento encolheu.
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O coordenador de contas nacionais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), Claudio Considera, diz que o consumo está sendo impulsionado pelo mercado de trabalho mais resiliente e pelo crescimento nos rendimentos.
Outro fator que pode estar favorecendo o consumo é a melhoria nas condições financeiras das famílias. Ainda são delicadas, mas o pior cenário pode ter ficado para trás. Os juros também estão ajudando. A taxa média cobrada das pessoas físicas estava em 3,74% ao mês em outubro. É o quinto mês seguido de queda e a menor taxa desde setembro de 2022.
Um dos fatores que atrapalha o investimento, segundo Considera, é a incerteza sobre a economia. “O empresário quer saber quanto vai ser o seu lucro líquido livre de impostos”, diz. Enquanto isso não ficar claro, ele vai ficar temeroso.”