Rio de Janeiro Embora os estatutos do Banco do Sul ainda não estejam definidos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o volume de capital a ser aportado por cada país "vai pesar" na formação da diretoria da instituição. Sem revelar qual será o aporte do Brasil, Mantega deu a entender que o país será um dos principais contribuidores. A igualdade entre os sócios do banco se dará no Conselho Administrativo que será integrado pelos ministros da Fazenda de cada um dos países com direito a um voto cada um.
"Conseguimos superar todos os obstáculos e arestas e o Banco do Sul está próximo de se tornar uma realidade", disse Mantega. "O Banco do Sul será muito importante porque vai representar uma nova instituição multilateral voltada para os interesses sul-americanos e controlada pelos seus usuários", acrescentou o ministro.
Os ministros da Fazenda e da Economia de sete países da América do Sul se reuniram ontem no Rio de Janeiro e chegaram a um consenso sobre a ata de fundação do Banco do Sul. Essa proposta será levada agora aos presidentes de cada um dos países e, se aprovada rapidamente, poderá ser assinada no dia 3 de novembro em Caracas, a convite do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
O ministro das Finanças da Venezuela, Rodrigo Cabezas, afirmou em entrevista à televisão venezuelana que o Banco do Sul nasce como "um ponto de arranque na nova arquitetura financeira da América do Sul". O ministro afirmou também que os sete países concordaram que o banco irá promover o desenvolvimento, aprofundar a integração e buscar "a derrota da pobreza".
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