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As projeções de inflação estão abaixo do centro da meta, que é de 4,5% para este ano e para 2010. A informação consta da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

A meta é estabelecida, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e tem margem de tolerância que vai de 2,5% a 6,5%. Cabe ao Banco Central perseguir essa meta e o instrumento utilizado para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic.

O Copom aumenta os juros quando considera que a trajetória e a tendência da inflação estão em alta e reduz quando ocorre o inverso. Na última reunião do Copom, realizada nos dias 10 e 11 deste mês, os juros básicos caíram de 12,75% para 11,25% ao ano. Em janeiro, a redução foi de um ponto percentual.

Segundo a ata, no cenário de referência, que leva conta a manutenção da taxa de câmbio em R$ 2,40 e da taxa Selic no patamar anterior de 12,75% ao ano, a projeção para a inflação em 2009 está abaixo do centro da meta de 4,5%.

No cenário de mercado, que leva em conta as trajetórias das estimativas de analistas de mercado para câmbio e juros, a projeção de inflação para 2009 também recuou em relação ao valor considerado na última reunião do Copom e encontra-se abaixo do valor central para a meta de inflação.

Para 2010, a projeção de inflação, segundo o cenário de referência, recuou ligeiramente em relação ao valor considerado na última reunião do Copom e encontra-se sensivelmente abaixo do valor central de 4,50% e, no cenário de mercado, também diminuiu e posiciona-se abaixo do valor central de 4,50%.

Na ata, o Copom considera, portanto, que ainda há margem para a redução da Selic, mas reforça que a política monetária deve manter uma postura cautelosa. Na última reunião do comitê, realizada nos dias 10 e 11 deste mês, o juros básicos foram reduzidos de 12,75% para 11,25% ano ano. Na reunião de janeiro, houve uma redução de um ponto percentual.

Segundo a ata, há sinais de arrefecimento do ritmo da atividade econômica no país, o que se observa, por exemplo, nos indicadores de produção industrial, nos dados sobre o mercado de trabalho e sobre a confiança de empresários e consumidores.

O comitê também considera que o desaquecimento da procura por bens e serviços, motivado pelo aperto das condições financeiras, pela deterioração da confiança dos agentes e pela contração da atividade econômica global, criou importante margem de ociosidade dos fatores de produção. Essa situação deve contribuir para conter as pressões inflacionárias. O Copom reforça que as mudanças na taxa de juros levam tempo para surtir efeito sobre a atividade e a inflação.

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