Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Banco Central

Ata do Copom repete que BC vê nível elevado de inflação

Decisão de subir os juros, porém, não foi unânime, já que Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva avaliaram que o melhor para o momento era manter a taxa em 7,25%

A maior parte dos diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que votou pela elevação da Selic de 7,25% ao ano para 7,50% ao ano, levou em consideração o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, segundo a ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira, 25.

A decisão, porém, não foi unânime, já que Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva, avaliaram que o melhor para o momento era manter a taxa básica de juros no patamar de então. Os dois diretores argumentaram que está em curso uma reavaliação do crescimento global e por isso votaram pela manutenção da taxa.

De acordo com o documento, esse nível elevado da inflação e a dispersão do aumento de preços contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. O Comitê ponderou, porém, que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com "cautela".

A ata explicou ainda que o julgamento de todos os membros do Copom é convergente no que se refere à necessidade de uma ação de política monetária destinada a neutralizar riscos que se apresentam no cenário prospectivo para a inflação, notadamente para o próximo ano.

Força desinflacionária

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, retirou a palavra "importante" do parágrafo 27 quando cita os ativos que apresentam força desinflacionária. "Importa destacar a moderação recentemente observada na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, que, na hipótese de permanecerem nos atuais níveis, constituirão força desinflacionária", trouxe o documento.

Na ata de março, a frase era: "Além disso, importa destacar moderação recentemente observada na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, que, na hipótese de permanecerem nos atuais níveis, constituirão importante força desinflacionária". Embora não diga na ata, o Banco Central tem citado como exemplo desses ativos em outros meios de comunicação o câmbio e o preço de imóveis.

Naquele mesmo parágrafo, o Copom ressaltou que o cenário central do BC contempla um ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano. "Nesse contexto, o Comitê destaca a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho, apesar dos sinais de moderação nesse mercado".

O grupo também ponderou que, em tais circunstâncias, um risco significativo é a possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.