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Atacadistas creem em alta no semestre

Pennacchi, presidente do Sinca-PR: Norte e Nordeste mantêm ritmo chinês. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Pennacchi, presidente do Sinca-PR: Norte e Nordeste mantêm ritmo chinês. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

Cerca de 1 milhão de estabelecimentos comerciais no Brasil são abastecidos por distribuidoras atacadistas, que empregam 250 mil pessoas e faturam R$ 130 bilhões por ano. Representantes desse se­­tor, que estão reunidos a partir de hoje em Pinhais, na região me­­tropolitana de Curitiba, acreditam que as estimativas de desaquecimento no ritmo de consumo no segundo semestre, mesmo se confirmadas, não vão afetar seus negócios. A expectativa para 2010 é de um crescimento de 10% em relação ao ano passado.

A 30.ª Convenção Anual do Ata­­ca­­dis­­ta Distribuidor – considerado o maior encontro do segmento na América Latina – começa hoje no Expotrade Pinhais e seus organizadores esperam que, até quinta-feira, cerca de 30 mil pessoas visitem o evento, promovido pela associação do setor, a Abad, em parceria com o Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Paraná (Sinca-PR).

As empresas de distribuição no atacado são responsáveis pela movimentação de 52% dos produtos oferecidos nas gôndolas do varejo nacional (os outros 48% são repassados por venda direta do fabricante). Para o presidente da Abad, Carlos Eduardo Severini, o fato de as distribuidoras fazerem a ponte entre a produção e o consumo as torna um espelho desses setores econômicos. "Em todo o país, há espaço tanto para empresas que trabalham em âmbito nacional como para as que focam mercados regionais", relata.

"O mercado mercearil (de pe­­quenos estabelecimentos comerciais) não depende do crédito, o que o torna menos vulnerável a oscilações. Além disso, entre os produtos trabalhados pelo atacado distribuidor estão vários itens de consumo obrigatório, como a cesta básica de alimentos", explica.

Para Paulo Hermínio Penna­cchi, presidente do Sinca-PR, a expectativa é que no segundo se­­mestre deste ano ocorra um au­­mento no crescimento registrado pelo setor, tradicionalmente puxado pelas compras de fim de ano. "O distribuidor atacadista pode ser entendido como um abastecedor so­­cial do Brasil", entende. "Esta­mos presentes em regiões mais afas­­tadas, onde a indústria não alcança por venda direta", conta.

Pennacchi relata o aumento do poder de consumo brasileiro para justificar o otimismo em relação à atividade. "Hoje, as regiões Norte e Nordeste crescem em ritmo chinês, com taxas de 9 a 10% ao ano. Além disso, o setor de distribuição aprendeu a negociar com os pe­­quenos estabelecimentos. Anti­­gamente, o varejista só podia comprar caixas fechadas de determinado produto, o que desestimulava a aposta em diversificação. Atual­mente, uma mercearia pequena pode comprar os produtos por unidade, dando mais opções ao consumidor", explica.

Serviço:

30ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor (Abad 2010). De hoje até 19/08 (quinta-feira), das 12h30 às 22h30. Local: Expotrade (Rod. Dep. João Leopoldo Jacomel, 10.454, Pinhais)

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