Pelo menos 25 pessoas morreram em dois ataques diferentes feitos por homens armados nos estados de Borno e Adamawa, no norte da Nigéria.
O porta-voz da polícia do Estado de Adamawa, Mohammed Ibrahim, citado neste sábado pelo jornal local "Thisday", informou que 20 pessoas foram assassinadas em um prédio estatal da cidade de Maiha, em Adamawa, depois que um grupo atacou escritórios e residências policiais.
Além disso, os criminosos libertaram 35 presos da penitenciária de Maiha, e 11 deles, segundo Ibrahim, foram recapturados.
Durante os episódios violentos, que aconteceram ontem, os criminosos incendiaram um escritório alfandegário, o escritório do comissário do distrito, um carro da polícia e várias casas de agentes.
No outro ataque, em Maiduguri, capital do estado de Borno, vários homens mataram cinco pessoas, entre elas um policial.
Embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria desses ataques, os fundamentalistas islâmicos da organização Boko Haram são considerados suspeitos por promoverem a maior parte de suas atividades terroristas no norte do país.
Estes assassinatos ocorreram após o anúncio do exército nigeriano, feito ontem, de que tinha matado cinco supostos membros do Boko Haram e destruído uma fábrica de bombas caseiras na cidade de Kaduna, também no norte do país.
"Boko Haram" significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", e seus membros lutam supostamente para impor a lei islâmica no país, de maioria muçulmana no norte e com preponderância cristã no sul.
Desde 2009, quando a polícia matou o líder da organização, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que causou 1.400 mortes, segundo a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), embora o exército da Nigéria relate que esse número seja de mais de 3.000 vítimas.
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