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Até 2014, indústria terá R$ 3,1 trilhões

Debate que fez parte das discussões do WTC: busca de soluções para a infraestrutura | Gelson Bampi/Agência Fiep
Debate que fez parte das discussões do WTC: busca de soluções para a infraestrutura (Foto: Gelson Bampi/Agência Fiep)

Os setores industriais e de infraestrutura receberão investimentos de R$ 3,1 trilhões no período 2011-2014. A estimativa foi apresentada ontem em Curitiba, durante encontro do clube de negócios World Trade Center (WTC). Segundo Acácio Queiroz, membro do Conselho do WTC de São Paulo e presidente do grupo Chubb de Seguros e Resseguros, os segmentos de petróleo e gás e o setor agrícola devem ser os mais beneficiados. "Em contrapartida, educação e saúde são as áreas que vão receber menos investimentos", afirma.

A discussão fez parte do painel "Infraestrutura nacional e os desafios para os líderes empresariais", que reuniu dirigentes das 30 empresas que integram o Conselho Consultivo local do WTC. Estiveram presentes representantes de diferentes setores econômicos do estado.

Durante a conversa, Queiroz destacou que o gargalo mais visível está no sistema de transporte brasileiro, que tem 60% das suas atividades baseadas nas vias terrestres. "Enquanto nos Estados Unidos os gastos com logística chegam a 4% do faturamento, no Brasil as empresas desembolsam até 8%", acrescentou. Além disso, a falta de infraestrutura compromete o desenvolvimento das cidades em áreas como saneamento, saúde e educação. "Cerca de 60% da mão-de-obra brasileira não completou o 2.° grau", destacou Queiroz.

União de forças

O vice-presidente presidente do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom, que publica a Gazeta do Povo) e membro do WTC Curitiba, Mariano Lemanski, destacou o associativismo empresarial como a mola propulsora do desenvolvimento. "A união de forças é o caminho atrair os olhares dos investidores para Curitiba", afirmou . Segundo ele, encontros como este fomentam o debate de temas importantes para a cidade, que tem posição estratégica tanto para o mercado brasileiro quanto para o Mercosul.

Para Diego Pettinazzi, diretor executivo do WTC para a Região Sul, este é o momento para discutir e buscar soluções para o gargalo da infraestrutura no Brasil. "Os investidores veem o Brasil com bons olhos, mas a deficiência nesse setor ainda faz com que muitos deles desistam de trazer seus negócios para cá", afirma. A vantagem desses encontros, segundo ele, é ter um mesmo problema sendo avaliado e debatido por empresários com poder de decisão e diferentes pontos de vista.

"A infraestrutura é um tema bastante oportuno para Curitiba, que está na rota dos grandes eventos e investimentos parta os próximos anos", destacou Luiz Alberto Lenz César, presidente do WTC Curitiba. Para ele, a chegada do WTC a Curitiba aumentou a visibilidade da capital, que está sendo cada vez mais procurada para a prospecção de novos negócios e parcerias. "Estamos nos preparando para receber uma missão mexicana que atua na cadeia alimentícia e temos potencial para atrair outros grandes investimentos", afirma.

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