Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Negócios

Até 2022, Eismann investirá R$ 113,8 milhões no Brasil

“O país tem um potencial de consumo equivalente ao da Alemanha”, diz Jannissen (à esquerda), ao lado de Frank Hoefer | Antonio More/Gazeta do Povo
“O país tem um potencial de consumo equivalente ao da Alemanha”, diz Jannissen (à esquerda), ao lado de Frank Hoefer (Foto: Antonio More/Gazeta do Povo)

A marca alemã de alimentos ultracongelados Eismann, que tem sua sede brasileira em Curi­tiba, está perto de empatar o seu investimento inicial no projeto com o faturamento que teve em seus dois primeiros anos de atuação no país. Se a previsão de receita de R$ 5 milhões em 2012 for confirmada, a empresa terá seu payback feito ainda neste ano e poderá iniciar seus novos aportes à operação nacional.

Segundo o presidente mundial da Eismann, Frank Thomas Hoefer, os novos investimentos da marca alcançarão 50 milhões de euros (R$ 113,8 milhões) nos próximos dez anos e o objetivo da empresa é aproximar a operação brasileira dos números da matriz alemã, que fatura perto de 250 milhões de euros (R$ 569 milhões) anuais. "Estamos no início de nossa operação no Brasil, mas enxergamos que o país tem um potencial de consumo do nosso produto equivalente ao da Alemanha, que, somada à Áustria, é nosso maior mercado consumidor", afirma Michael Jannissen, presidente da Eismann no Brasil.

Sobre os prazos para que estes números sejam alcançados, o próprio presidente mundial detalha os planos. "Chegar a esta cifra é algo que vai acontecer com o tempo, com as atividades brasileiras evoluindo ano a ano. No momento, nossa previsão é de que isso seja alcançado entre 2020 e 2022", diz Hoefer. Atualmente, a empresa possui pouco mais de 10 mil clientes na cidade e já conta com vendas de 12 toneladas de alimentos por mês.

Vendas diretas

A principal característica da Eismann é a venda direta, feita por representantes da companhia no domicílio de seus clientes. Os pedidos e entregas são feitos em intervalos de tempo definidos pelos consumidores junto aos vendedores.

A modalidade pode ser a marca registrada da empresa, mas também compreende o maior desafio que enfrenta neste início da operação brasileira. "Confiamos na qualidade do nosso produto e, logo que o cliente conhece os alimentos, ele também reconhece isso. A luta, então, para aumentarmos a receita e popularizar a marca está no formato das vendas, que não é tão conhecido do brasileiro. É uma questão cultural e que estamos buscando adaptar", diz Fabrício Alencar, gerente de marketing da Eismann no Brasil.

A empresa chegou ao Brasil em 2009, já com este formato de vendas diretas e utilizando uma de suas marcas, a Family Frost, como experiência para o mercado local. A escolha por Curitiba para sua entrada no país aconteceu levando em conta a colonização europeia da cidade, que teria mais familiaridade com o modelo, e também pelo conhecido rigor de seus consumidores. "Entendemos e tentamos desenvolver nossas operações pensando naquela característica local de que um produto ou serviço aprovado por aqui teria sucesso em todo o país", comenta Jannissen.

Pouco menos de um ano depois do desembarque, a empresa optou por substituir a Family Frost pela principal marca do grupo, que leva o nome da organização. Os produtos Eismann passaram, então, a ser vendidos em Curitiba, mantendo a prática do atendimento em domicílio.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.