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Energia

Até 2030, predomínio deve ser de hidrelétricas

Rio de Janeiro – O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse ontem que as usinas hidrelétricas vão ser a principal fonte de energia do país no longo prazo. Mas ele acredita que, apesar dessa preponderância, a matriz energética deve se diversificar.

"A hidroeletricidade continuará preponderante na matriz energética brasileira. Entre 2005 e 2030, nós vamos precisar de de 130 mil megawatts (MW) no Brasil, sendo 88 mil de hidrelétrica. Depois, a segunda fonte mais importante para geração de energia elétrica será a térmica a gás, com 12 mil MW", disse, durante divulgação do "Plano Nacional de Energia - PNE 2030", primeiro estudo de planejamento de longo prazo para o setor energético. "Temos também as PCHs [Pequenas Centrais Hidrelétricas] com 7mil MW e a biomassa com 6.500 MW."

Segundo o estudo, até 2030 a produção de álcool deve saltar de 17 bilhões de litros anuais para 66 bilhões de litros. O biodiesel também terá uma participação importante na matriz energética.

"Hoje, cerca de 44,5% da nossa matriz é renovável. Em 2030 continua essa mesma percentagem, o que é muito bom em relação ao resto do mundo, que tem em torno de 6% de renováveis."

A EPE também conta com uma diversificação da matriz energética. "Se a gente for olhar em 1970, apenas duas fontes representavam todo o suprimento do Brasil, que era petróleo e lenha. Em 2030, quatro fontes vão estar atendendo, principalmente o suprimento do país: petróleo, gás natural, hidroeletricidade e cana de açúcar."

O levantamento também mostra que vai haver um grande crescimento do consumo de energia como um todo nos próximos anos, em ritmo superior ao verificado nos últimos 35 anos. Por outro lado, a entidade espera que aumente a eficiência do uso dessa energia. A redução no consumo energética para a produção de riquezas deve ser resultado não somente do uso de processos mais eficientes, mas também do aumento da participação do setor de serviços no Produto Interno Bruto (PIB).

"Nos últimos anos houve uma industrialização muito pesada. A conseqüência desse aumento foi a elevação do consumo de energia em relação ao PIB, ou seja, você precisava de muita energia para produzir uma unidade de PIB", explicou. "No futuro, haverá um aumento maior no setor de serviços, logo a tendência é reduzir a quantidade de energia consumida por unidade de PIB."

A pesquisa diz que, apesar da hidroeletricidade continuar majoritária na matriz energética, ela vai perder espaço. Vai cair de 90% para 78%, porque pouco a pouco se reduz a quantidade de empreendimentos factíveis de condições ambientais."

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