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O nível de atividade econômica voltou a acelerar em setembro deste ano, depois de registrar estabilidade de julho para agosto. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Banco Central, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, somou 140,16 pontos no mês retrasado e avançou 0,68% sobre o mês anterior. Este é o maior crescimento desde março deste ano.

Dados da autoridade monetária mostram também que o IBC-Br também avançou no terceiro trimestre deste ano. O crescimento foi de 0,33% sobre o período de abril a junho deste ano. Na comparação com o terceiro trimestre de 2009, a expansão foi de 6,79%.

Os números do IBC-Br mostram, porém, desaceleração do ritmo de crescimento ao longo de 2010. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, dados do BC revelam que o crescimento da economia brasileira ficou em 8,84% contra igual período do ano passado. No acumulado de janeiro a agosto, a taxa de expansão estava em 9,2%, contra 9,65% até julho e 10,29% nos cinco primeiros meses deste ano (até maio). De janeiro a abril, a expansão somava 10,5%.

IBC-Br

O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). O Banco Central explicou que o IBC-Br "constitui uma medida antecedente da evolução da atividade econômica". Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início deste ano o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional.

O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos. "A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção+importações)", explicou o Banco Central, por meio do relatório de inflação de março.Definição dos juros

O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, os juros básicos estão em 10,75% ao ano. A taxa foi mantida estável pela segunda reunião consecutiva do Copom em meados de outubro. A última reunião do Comitê de Política Monetária do BC deste ano está marcada para 7 e 8 de dezembro.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), a previsão do mercado atualmente está em 5,48%. Para 2011, a estimativa está em 5,05%. Deste modo, as previsões dos analistas ainda estão acima da meta central de inflação de 4,5% para 2010 e 2011, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (entre 2,5% e 6,5%). Para o PIB, a estimativa dos analistas das instituições financeiras é de um crescimento de 7,6% para 2010.

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