A atividade da indústria de construção civil completou no mês passado um ano sem crescimento, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O nível de atividade caiu pelo quinto mês seguido, com indicador de 48,9 pontos em março. A pontuação da pesquisa varia de zero a cem. Valores abaixo de 50 indicam queda da atividade ou produção em nível abaixo do usual. Acima desse patamar, o indicador aponta expansão no setor.
Segundo a pesquisa, a atividade da construção civil está abaixo dos 50 pontos desde março de 2012. A utilização da capacidade do setor ficou estável no período anualizado, operando com 70% de produção, o mesmo percentual de março de 2012.
O índice de desemprego na construção civil também apresentou alta. Desde novembro do ano passado em contração, o indicador atingiu 48 pontos em março, sinalizando redução de funcionários.
O desaquecimento no setor também se refletiu no resultado financeiros das empresas, que foi o pior desde 2009. A margem de lucro registrou 44,7 pontos no primeiro trimestre desde ano. A situação financeira, em geral, marcou 48,4 pontos, também num patamar considerado insatisfatório.
Entre os principais obstáculos apresentados pelo setor está a carga tributária, apontada por 50,8% dos empresários. A falta de trabalhador qualificado e o alto custo da mão de obra aparecem em seguida, com 42,5% e 34,5% das reclamações, respectivamente.
Otimismo
Mesmo com resultados insatisfatórios, a indústria mantém expectativa de crescimento. Em abril, o indicador de perspectivas para nível de atividade registra 58,7 pontos. Há um ano, porém, a pontuação do índice era de 60,3.
A pesquisa foi feita de 1º a 11 de abril, com 424 empresas de todo o país. Foram ouvidas 136 companhias de pequeno porte, 195 médias e 93 de grande porte.
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