A economia brasileira iniciou o quarto trimestre em queda depois de ter saído da recessão técnica, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira (15), num resultado inesperado que mostra a dificuldade da atividade de recuperar o fôlego.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,26% em outubro sobre o mês anterior, quando havia avançado 0,26%, segundo números dessazonalizados.
Analistas esperavam alta mensal de 0,20% em outubro, de acordo com a mediana das projeções, sendo que a mais baixa delas apontava para variação zero no período.
No acumulado do ano até outubro, o IBC-Br mostra a economia praticamente estagnada, com leve queda de 0,09%.
Na comparação com outubro de 2013, o IBC-Br tem recuo de 0,87%, acumulando alta de 0,26 por cento em 12 meses, ainda de acordo com dados dessazonalizados do BC.
A economia brasileira saiu da recessão técnica no terceiro trimestre com uma expansão mínima de 0,1% sobre os três meses anteriores, segundo dados do IBGE, destacando a dificuldade do país em imprimir recuperação mais consistente.
Indústria
Em outubro, a produção industrial ficou estagnada, com mau desempenho em todas as categorias. E o desempenho das vendas no varejo no mesmo mês, embora tenham subido 1%, ainda foi insuficiente para representar melhor recuperação do setor.
O Brasil tem vivido um quadro de inflação alta, baixo crescimento e juros elevados, que minaram a confiança do empresariado.
Esse é o cenário que estará diante da nova equipe econômica, de perfil mais ortodoxo e discurso de mais rigor fiscal com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no BC.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.