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Atividade econômica cai 0,32% e indica fim de ano “morno”

Analistas esperam leve melhora do comércio e da indústria no quatro trimestre | Gilberto Abelha/ Jornal de Londrina
Analistas esperam leve melhora do comércio e da indústria no quatro trimestre (Foto: Gilberto Abelha/ Jornal de Londrina)

O Índice de Atividade Econô­mica do Banco Central (IBC-Br), divulgado ontem pela instituição e considerado uma "prévia do PIB", registrou em outubro queda de 0,32% ante setembro, na série com ajuste sazonal, resultado que ficou perto do piso das estimativas do mercado. Na comparação com outubro de 2010, o indicador de atividade apresentou alta de 0,69%, resultado que ficou ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas.

Em análise distribuída a clientes e à imprensa, a consultoria Rosenberg & Associados avaliou que os números divulgados pelo BC indicam que o último trimestre do ano não trará grandes mudanças em relação ao cenário observado entre julho e setembro. "O dado sinaliza um quarto trimestre ainda morno, seguindo a queda no terceiro, registrada pelo IBC-Br", escreveram os analistas da Rosenberg liderados pela economista-chefe, Thaís Zara, alertando que o índice do BC também sofreu revisão com os novos dados de Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Rosenberg & Associados trabalhava com previsões de altas de 0,30% e de 1,90%, respectivamente, para o dado na margem e na comparação interanual. Segundo a consultoria, se o cenário de outubro prevalecesse no último bimestre do ano, o quatro trimestre poderia mostrar queda na atividade como um todo. Os economistas da R&A ressaltaram, porém, que uma certa melhora da indústria e do comércio deverá alterar o quadro para um número positivo.

"A conta de carregamento [isto é, quanto cresceria o IBC-Br no trimestre, caso permanecesse estável no patamar de outubro] aponta para queda de 0,6%. Preliminarmente, esperamos uma certa retomada da indústria e do comércio em novembro e dezembro, o que nos levaria a uma expansão do PIB acima de 0,5%", salientaram. "De qualquer modo, o clima é de um segundo semestre morno, que deve perdurar até o início do próximo ano", ponderaram.

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