A atividade industrial da China encolheu pela primeira vez em sete meses em maio, uma vez que as novas encomendas caíram, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI), ampliando os temores de que a recuperação econômica do país estagnou.
A leitura preliminar do PMI industrial do HSBC para maio caiu para 49,6, indo abaixo a marca de 50 que separa crescimento de contração pela primeira vez desde outubro e provocando queda nos mercados financeiros asiáticos.
A leitura final do PMI de abril ficou em 50,4.
A falta de vigor da segunda maior economia do mundo indica que sua capacidade de cumprir a meta de crescimento do governo de 7,5% neste ano está cada vez mais difícil, disseram analistas, embora ainda seja possível.
Os dados também acentuam o dilema de política de Pequim sobre se deve agir para estabilizar a atividade, ou tolerar uma desaceleração ordenada enquanto foca na redução da dependência do país das exportações e em investimentos para o crescimento, mudanças que trariam benefícios a longo prazo.
O PMI sugere que a China está enfrentando fraqueza tanto domesticamente quanto no exterior. O subíndice de novas encomendas caiu para 49,5, menor leitura desde setembro, sugerindo que o consumo doméstico não está forte o suficiente para compensar a demanda global fraca.
As encomendas de novas exportações ficaram pouco abaixo da marca de 50 em maio, embora a taxa de declínio tenha desacelerado ante abril.
Ainda assim, o resultado fraco indica que a demanda estrangeira permanece letárgica devido a uma recuperação irregular nos Estados Unidos e à crise de dívida na Europa, além de refletir a dinâmica fraca de exportações vista em Taiwan e Coréia do Sul em maio.
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