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Ásia

Atividade industrial da China sofre primeira contração em sete meses

A atividade industrial da China sofreu a primeira contração em sete meses, derrubando as bolsas asiáticas e reforçando o ceticismo em torno da capacidade de recuperação da segunda maior economia do mundo. A queda foi revelada pelo Índice de Gerentes de Compras (PMI, em inglês), do banco HSBC, uma influente referência usada pelos mercados para medir o vigor da atividade econômica. De acordo com a pesquisa preliminar do banco, o PMI industrial chinês em maio caiu para 49,6, pontos, o que mostra queda nas encomendas das fábricas. Um índice abaixo da marca de 50 significa contração.

"O esfriamento das atividades industriais em maio reflete demanda doméstica em lenta expansão e os contínuos ventos desfavoráveis do exterior", comentou o economista Hongbin Qu, do banco HSBC. Ele acrescentou que a contração mostra "os riscos da frágil recuperação do crescimento da China" nos próximos trimestres.

A previsão de Qu ecoa o ceticismo de outros economistas sobre a capacidade do governo de atingir a meta de 7,5% de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) traçada para 2013. A expansão da economia chinesa no primeiro trimestre deste ano foi de 7,7%, menor que a esperada.

Invejável para o resto do mundo, a taxa decepcionou os mercados, pois ficou abaixo dos 7,9% registrados no último semestre de 2012, que pareciam indicar uma curva ascendente. No ano passado, a economia chinesa avançou 7,8%, o ritmo mais lento em 13 anos.

Diante do alto nível de endividamento criado após décadas de pesado investimento estatal, Pequim descartou medidas de estímulo. O governo tem sugerido que prefere um crescimento econômico menor, porém mais balanceado, com reformas para diminuir a dependência de exportações. Liderados pela bolsa de Tóquio, que despencou 7,3% "-na maior queda desde o tsunami de 2011- as bolsas asiáticas fecharam em baixa, refletindo a desaceleração da indústria chinesa.

Outro fator que pressionou as ações para baixo, segundo analistas, foi o discurso conservador do presidente do Fed (Banco Central dos EUA), sinalizando uma redução dos estímulos monetários em vigor no país.No caso do Japão, o impacto é compreensível, pois as empresas do país dependem de exportações, especialmente para a China, maior parceiro comercial.

Mas as vendas que levaram à queda de ontem em Tóquio também foram interpretadas como realização de lucros. A bolsa do país teve alta de 40% desde o início do ano, dentro do clima de euforia gerado pelas medidas de estímulo lançadas pelo governo japonês.

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