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AT&T e Time Warner defendem fusão bilionária diante das críticas

 | SAUL LOEB/AFP
(Foto: SAUL LOEB/AFP)

A operadora AT&T e a Time Warner garantiram nesta segunda-feira (24) que sua fusão beneficiará os consumidores, diante das críticas da classe política americana, das autoridades reguladoras e da concorrência pelo futuro panorama midiático do país.

Anunciada no sábado (22) por US$ 85,4 bilhões mais a dívida da Time Warner, a operação unirá um dos gigantes das telecomunicações com um dos líderes de conteúdo de entretenimento por vídeo.

A AT&T é, depois da Comcast, a segunda operadora de telecomunicações mais importante dos Estados Unidos, com 142 milhões de assinantes em seus serviços móveis, além de estar presente na internet e na televisão por assinatura através da DirecTV.

Adquirindo a Time Warner, a AT&T controlará o estúdio cinematográfico Warner Bros., CNN, HBO, Cartoon Network, TNT e uma grande variedade de programas de grande audiência e, agora, poderá oferecer seus conteúdos em múltiplas plataformas.

O diretor-geral da AT&T e futuro figurão do novo grupo, Randall Stephenson, defendeu a fusão como “uma integração puramente vertical” que “eliminará muitas das fricções que há na indústria”. “Agora podemos começar a inovar nosso conteúdo de uma forma muito mais rápida”, disse ele durante uma teleconferência.

“Devemos ir onde estão os consumidores, que estão cada vez mais no setor móvel”, afirmou o presidente da Time Warner, Jeff Bewkes.

Preocupações

A fusão gera, porém, preocupações com um futuro aumento no preço das assinaturas e com a limitação do mercado para os demais concorrentes do setor.

Stephenson reiterou que a operação – que deve ser concluída até o final de 2017 – oferecerá “mais opções aos consumidores” com uma grande variedade de pacotes e preços.

O executivo negou a possibilidade de que se dê uma limitação da distribuição dos produtos da Time Warner. “Não tem sentido no plano econômico. É uma ideia louca”, esclareceu.

Na sua opinião, a fusão permitirá enfrentar o duopólio Facebook-Google, que aglutinou mais da metade das receitas publicitárias no ano passado nos Estados Unidos.

Especialistas acreditam que a operação enfrentará uma dura oposição e que será examinada com lupa pelas autoridades reguladoras, em um contexto de crescente populismo e de bloqueio de grandes fusões por parte do governo.

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