O atual presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, será o novo presidente-executivo da Petrobras, após o pedido de demissão de Maria das Graças Foster, disseram fontes do governo a par do assunto nesta sexta-feira (06).
O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta para eleger um nome indicado pela Presidência da República para ocupar a cadeira de presidente-executivo da petroleira, que está no centro de um escândalo bilionário de corrupção.
Após a indicação de Bendine, as ações da Petrobras passaram a cair na BM&FBovespa.
Bendine ocupa a presidência do BB desde 2009. No fim do ano passado, após uma denúncia de que ele teria beneficiado a socialite Val Marchiori com a liberação de um empréstimo, sua saída do banco era dada como certa. Após a transição da equipe econômica, porém, ele permaneceu no cargo.
A indicação de Bendine ocorre no momento mais delicado da história da estatal. A empresa está imersa em um escândalo de corrupção e ainda não apresentou o balanço auditado do terceiro trimestre do ano passado. Na semana passada, a antiga diretoria aprovou um balanço não auditado que não trazia baixas contábeis relativas às perdas provocadas pela corrupção.
O mercado esperava que a empresa descontasse de seus ativos os desvios feitos por executivos e empreiteiras nos últimos anos. A estatal, porém, não chegou a uma conta que fosse aceita por seu Conselho de Administração. Em um dos cálculos possíveis, o prejuízo passava de R$ 88 bilhões, número que irritou a presidente Dilma Rousseff.
Na última terça-feira, a presidente Dilma se reuniu com Graça Foster e ficou acertado que a antiga diretoria da Petrobras ficaria no cargo até a entrega de um balanço auditado. No dia seguinte, porém, Graça Foster e outros cinco diretores anunciaram sua saída imediata da empresa. O governo precisou correr para encontrar um nome para assumir a estatal.