Bendine foi escolhido pelo governo para assumir a Petrobras.| Foto: Jamil Bittar/Reuters

Alinhado ao PT, Bendine sobreviveu a polêmicas

O futuro presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, pode ser considerado um fiel escudeiro do governo comandado pelo PT.Com quase 40 anos de carreira dentro do Banco do Brasil, onde ingressou como menor estagiário em 1978, assumiu o maior banco da América Latina em abril de 2009, quando Luiz Inácio Lula da Silva era o presidente da República e Guido Mantega o ministro da Fazenda, para alinhá-lo à nova política econômica que estava sendo implementada naquele momento.

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O atual presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, será o novo presidente-executivo da Petrobras, após o pedido de demissão de Maria das Graças Foster, disseram fontes do governo a par do assunto nesta sexta-feira (06).

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O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta para eleger um nome indicado pela Presidência da República para ocupar a cadeira de presidente-executivo da petroleira, que está no centro de um escândalo bilionário de corrupção.

Após a indicação de Bendine, as ações da Petrobras passaram a cair na BM&FBovespa.

Bendine ocupa a presidência do BB desde 2009. No fim do ano passado, após uma denúncia de que ele teria beneficiado a socialite Val Marchiori com a liberação de um empréstimo, sua saída do banco era dada como certa. Após a transição da equipe econômica, porém, ele permaneceu no cargo.

A indicação de Bendine ocorre no momento mais delicado da história da estatal. A empresa está imersa em um escândalo de corrupção e ainda não apresentou o balanço auditado do terceiro trimestre do ano passado. Na semana passada, a antiga diretoria aprovou um balanço não auditado que não trazia baixas contábeis relativas às perdas provocadas pela corrupção.

O mercado esperava que a empresa descontasse de seus ativos os desvios feitos por executivos e empreiteiras nos últimos anos. A estatal, porém, não chegou a uma conta que fosse aceita por seu Conselho de Administração. Em um dos cálculos possíveis, o prejuízo passava de R$ 88 bilhões, número que irritou a presidente Dilma Rousseff.

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Na última terça-feira, a presidente Dilma se reuniu com Graça Foster e ficou acertado que a antiga diretoria da Petrobras ficaria no cargo até a entrega de um balanço auditado. No dia seguinte, porém, Graça Foster e outros cinco diretores anunciaram sua saída imediata da empresa. O governo precisou correr para encontrar um nome para assumir a estatal.