Em um duplo golpe para os planos do governo do Reino Unido de manter as duras medidas de austeridade, dados divulgados nesta quarta-feira (17) mostraram que o emprego diminuiu no país pela primeira vez em mais de um ano e que o crescimento dos ganhos médios foi o menor já registrado.
Segundo o Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês), o número de britânicos sem trabalho aumentou 70 mil nos três meses até fevereiro - a maior alta desde o período entre setembro e novembro de 2011 - e atingiu o total de 2,56 milhões.
Como resultado, a taxa de desemprego subiu para 7,9%, de 7,8% nos três meses até janeiro. Essa foi a taxa mais alta desde o período entre maio e julho de 2012. Economistas previam taxa de desemprego estável em 7,8%.
A quantidade de pessoas com trabalho diminuiu 2 mil, para 29,7 milhões. Esse foi o primeiro declínio desde os três meses até outubro de 2011.
Os dados também mostraram que as finanças dos consumidores continuam sendo pressionadas. Os ganhos regulares médios - que excluem pagamentos de bônus - cresceram apenas 1,0% nos três meses até fevereiro, o menor avanço desde o início da série, em janeiro de 2001. Nos três meses até janeiro havia sido registrada queda de 1,3%.
O ONS informou também que os pedidos de auxílio-desemprego caíram 7 mil em março, para 4,6% da força de trabalho. Os números de fevereiro foram revisados para mostrar queda de 5,3 mil pedidos, em vez de 1,5 mil como calculado anteriormente. Economistas previam que as solicitações ficariam estáveis em março. As informações são da Dow Jones.
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