Os sinais de que os aumentos de preços estejam se generalizando foi o principal fator que fez o Banco Central reajustar os juros básicos da economia (Selic) pela primeira vez desde julho de 2011, informou o Comitê de Política Monetária (Copom). No entanto, as incertezas em relação à recuperação da economia fizeram a autoridade monetária optar por um ciclo gradual de elevações.

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Em comunicado divulgado logo após a reunião, o Copom destacou que a disseminação dos aumentos de preços por diversos setores da economia exige ação do Banco Central. "O comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária", ressaltou o comunicado.

Na mesma nota, o Copom deu a entender que optou por uma elevação de 0,25 ponto percentual por causa das dúvidas em relação à economia doméstica e internacional, que contribuiriam para segurar os preços. "Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela", acrescentou.

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Além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, votaram pelo reajuste da taxa Selic os diretores Altamir Lopes, Anthero Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Marques. Apenas os diretores de Política Monetária, Aldo Luiz Mendes, e de Assuntos Internacionais, Luiz Awazu Pereira da Silva, votaram pela manutenção dos juros básicos.