Os governos da Austrália e do Japão anunciaram nesta terça-feira novas medidas para a retomada do ritmo de atividade das economias locais.

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Na Austrália, o governo cortou a taxa de juro mais uma vez e anunciou mais 26 bilhões de dólares para tentar impulsionar sua economia. Ao mesmo tempo, o Banco do Japão informou que vai comprar até 11 bilhões de dólares em ações controladas por bancos.

Nos Estados Unidos, o Senado deve começar nesta terça-feira uma série de votações sobre o pacote de 900 bilhões de dólares que o presidente Barack Obama afirma que irá ajudar a combater a pior crise econômica desde a Grande Depressão.

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O governo australiano mais do que dobrou seu pacote inicial de estímulo, elevando o total da ajuda para mais de 49 bilhões de dólares ou aproximadamente 8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para evitar que o país entre em recessão, como já acontece com boa parte das nações ricas do mundo.

"É bem maior do que a maioria das pessoas esperava", afirmou Brian Redican, economista sênior do Macquarie Bank. "Essa é uma coisa boa, não há razão em tentar defender o orçamento sentando em cima e deixando a economia entrar em recessão", acrescentou.

O banco central australiano anunciou ainda um corte de 100 pontos-base da taxa de juro para 3,25 por cento. Desde setembro, a taxa já foi cortada em 4 pontos percentuais, e investidores esperam que o juro seja reduzido para 2 por cento ou menos até maio.

No Japão, o banco central disse que começará a comprar até 1 trilhão de ienes (11,2 bilhões de dólares) em ações detidas por instituições financeiras. As compras serão feitas até abril de 2010.

Os investidores das bolsas de valores comemoraram os sinais enviados por Tóquio e Canberra, que mostraram que os governos locais estão preparados para tomar medidas cada vez mais agressivas para estabilizar os mercados e reanimar suas economias.

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As medidas garantiram um movimento de alta nas ações na Ásia, mas o índice Nikkei da bolsa de valores de Tóquio acabou virando no final do pregão, fechando em queda de 0,6 por cento, aos 7.845 pontos. A virada foi provocada por perspectivas ruins em relação aos resultados de empresas que acabaram ofuscando o otimismo provocado pelo movimento anunciado pelo banco central japonês.