O vice-presidente do Banco Popular da China, Yi Gang, disse nesta quinta-feira (10), em Washington, que um crescimento "um pouco acima ou um pouco abaixo [de 7,5%] é aceitável". Horas antes, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, admitira que o crescimento do país poderia ficar um pouco abaixo da meta oficial de 7,5%, mas descartara um grande estímulo para combater desacelerações de curto prazo.
"O importante é que devemos melhorar a qualidade do crescimento, e também enfatizar a proteção ao meio ambiente e o crescimento inclusivo, para que mais pessoas sejam beneficiadas por ele", disse Yi, durante um debate paralelo aos encontros do FMI, na George Washington University.
Ele ainda afirmou que a China deve ser "muito cautelosa" com qualquer pacote de estímulos. "O crescimento levado pelo mercado é a maneira natural e mais eficiente de crescer. Então o governo e o banco central devem ser muito cautelosos", disse.
Sobre a recente e repentina desvalorização da moeda, Yi disse se tratar "basicamente de um movimento de mercado".Ele ainda defendeu a estabilidade da moeda chinesa. "A volatilidade do renminbi [yuan] não só é menor do que a de moedas de países emergentes. Talvez seja a menor do mundo", afirmou.
Também hoje, a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse que não classifica o declínio do yuan como uma desvalorização provocada, mas como uma medida que faz parte da internacionalização da moeda."Sem dúvida, queremos que a internacionalização do renminbi continue. Acredito que serão tomadas medidas nessa direção", afirmou, em coletiva de imprensa.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast