Autoridades do governo grego minimizaram neste sábado (6) a possibilidade de eleições antecipadas para quebrar um impasse com os credores do país, um dia depois de o primeiro-ministro Alexis Tsipras recusar mais dinheiro oferecido pelos mesmos em troca da reformas.
Alguns membros da ala linha dura do partido Syriza que está no poder, incluindo um vice-ministro, tinha sugerido durante a semana que novas eleições seriam necessárias para garantir a legitimidade pública para as difíceis decisões necessárias para obter a ajuda.
Mas Tsipras não fez menção a esta opção em um discurso desafiador ao parlamento na sexta-feira. Ao invés disso, ele se concentrou em atacar os termos do plano de ajuda oferecido pela credores da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Neste sábado, dois ministros disseram que não vislumbravam razão para eleições e uma pesquisa de opinião mostrou que os gregos têm pouco apetite para um retorno às urnas apenas cinco meses depois de Tsipras conquistar o poder com uma agenda esquerdista radical para acabar com austeridade.
“Não há nenhuma razão para as eleições”, disse o ministro da Saúde, Papagiotis Kouroublis, em entrevista à televisão. “Eu acredito firmemente que haverá um acordo”, acrescentou”.
O ministro de Energia, Panagiotis Lafazanis, que é da ala esquerdista do Syriza, mas está perto de Tsipras, também pareceu descartar falar de eleições, dizendo ao jornal semanal Agora que o governo já tem um mandato completo para implementar o seu programa.