Auxiliares do vice-presidente Michel Temer afirmam que o encontro com cerca de cem integrantes da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), marcado para a noite desta quarta, 9, não irá se transformar em um ato contra o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Horas antes do jantar no Palácio do Jaburu, com Temer, a entidade, que é ligada ao PMDB, emitiu um comunicado em que diz que o encontro vai servir para pressionar o vice a se declarar favorável à saída de Levy do cargo.
“Não é possível seguirmos este receituário da equipe econômica que derrotamos nas urnas, mas cujos ideólogos foram guindados ao comando da economia”, disse o presidente da CSB, Antonio Neto, integrante da direção nacional do PMDB, no comunicado.
Segundo assessores de Temer, o encontro é um gesto à ala sindicalista do partido, para ouvi-los neste momento de crise e não um movimento pela saída do ministro.
Na semana passada, Levy procurou Temer e a presidente Dilma Rousseff para dizer que estava se sentindo isolado. O governo montou então uma força-tarefa para descartar a possibilidade de o ministro deixar o cargo.
Além de Dilma fazer um desagravo público a Levy, o próprio Temer fez declarações públicas de apoio integral do PMDB à permanência do ministro.