A Uber entrou confidencialmente na semana passada com documentos iniciais para autoridades regulatórias americanas visando fazer sua abertura de capital no ano que vem, de acordo com o jornal The Wall Street Journal.
Segundo executivos com conhecimento do assunto, é esperado que a companhia seja avaliada em aproximadamente US$ 120 bilhões (R$ 470 bilhões) em sua estreia na Bolsa.
Com isso, essa pode ser a maior oferta de ações do próximo ano e uma das cinco maiores de todos os tempos, de acordo com a Bloomberg.
A informação vem pouco depois de a Lyft, rival americana da companhia, anunciar, na quinta-feira (6), o plano de entrar na Bolsa de Valores, também no próximo ano.
A Lyft deve fazer sua abertura de capital em março ou abril. A Uber corre para estrear no mercado no primeiro trimestre de 2019.
O projeto de abertura de capital da Uber foi apelidado internamente de “Projeto Liberdade”, por dar a esperada oportunidade de investidores e funcionários da companhia de vender suas ações após anos de espera, diz o Wall Street Journal.
A mais recente avaliação do valor de mercado da Uber foi de US$ 70 bilhões (R$ 274 bilhões), realizada em agosto, quando a startup vendeu uma fatia de suas ações para a Toyota por US$ 500 milhões (R$ 1,9 bilhão).
Outra startup que pode fazer sua abertura de capital em 2019 é o Airbnb, de aluguel de hospedagem pela internet. Com isso, espera-se um ano recorde em termos de capital levantado por empresas de tecnologia.
Mesmo tendo transformado o setor de transportes mundo afora e obtido um crescimento acelerado, a Uber ainda acumula prejuízos em seus balanços.
No terceiro trimestre deste ano, as perdas da companhia foram de US$ 1,07 bilhão (R$ 4,2 bilhões). O avanço no faturamento foi de 37%.
O Wall Street Journal afirma que a empresa não deve sair do vermelho nos próximos três anos.
Em sua trajetória, a Uber levantou US$ 20 milhões (R$ 78 milhões) em investimentos. Já a Lyft captou US$ 5,1 bilhões (R$ 19,9 bilhões).