O grupo Pão de Açúcar, dono do Ponto Frio, e as Casas Bahia assinaram ontem com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um acordo que permite a integração operacional das redes Ponto Frio e Casas Bahia, mas com algumas restrições. A intenção é preservar a independência das marcas e garantir que o negócio possa ser desfeito no futuro.O acordo, chamado de Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação (Apro), determina que nos 146 municípios em que as redes Ponto Frio ou Extra Eletro (do Pão de Açúcar) concorrem com as Casas Bahia nenhuma loja poderá ser fechada. Se as empresas quiserem fechar algumas das lojas nessas cidades será preciso pedir autorização do Cade, que vai julgar caso a caso.
O acordo também obriga as partes a preservar o nível geral de emprego nessas lojas, exceto em caso de mudanças de conjuntura econômica ou decorrentes de alterações próprias à atividade. A intenção, no caso, é impedir o esvaziamento de uma das duas marcas, mantendo lojas semi-ocupadas.Segundo o relator do caso no Cade, conselheiro Vinícius Carvalho, esses municípios respondem por 90% do faturamento das empresas. "Portanto, o remédio dá conta da maior parte do ativos envolvidos, disse ele, acrescentando que os sites das empresas na internet deverão permanecer funcionando separadamente. O acordo assinado ontem vale até o julgamento final da operação pelo conselho, processo que poderá durar um ano.