O dólar encerrou a sexta-feira em alta ante o real, acompanhando o mau humor geral dos mercados após dados fracos da economia dos Estados Unidos e pressionado por um movimento de saída de recursos.

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A moeda norte-americana avançou 1,31 por cento, a 1,856 real na venda, após chegar a cair 0,60 por cento pela manhã.

Na semana, a divisa subiu 1,7 por cento. Em agosto, no entanto, o dólar ainda registra queda de 0,54 por cento.

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"O comportamento do dólar hoje esteve muito ligado às bolsas internacionais. O tom negativo contribuiu para uma corrida por dólares", avaliou o gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor Corretora, Rodrigo Nassar.

Nos Estados Unidos, os investidores mostravam-se cautelosos após a divulgação de números divergentes sobre a economia do país.

Um relatório do Federal Reserve que a produção industrial subiu mais que o previsto em julho, mas o índice de confiança do consumidor Reuters/Universidade de Michigan caiu no início de agosto.

Isso levantou dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia norte-americana, uma vez que os consumidores são responsáveis por dois terços da atividade econômica do país.

Ao final da tarde, as bolsas de Nova York cediam mais de 1 por cento, movimento seguido de perto pelo principal índice de ações brasileiro.

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O dólar subia 0,5 por cento ante as principais rivais no momento em que as operações no mercado cambial doméstico se encerraram.

Nesse contexto de aumento da aversão ao risco, os investidores estrangeiros aproveitaram para embolsar parte dos ganhos e realizar remessas. Essa saída de recursos no segmento financeiro ajudou a pressionar ainda mais as cotações do dólar, segundo profissionais do mercado.

O operador de um importante banco nacional citou que exportadores fizeram algumas vendas no mercado, diante da alta da divisa norte-americana. Os ingressos de dólares advindos dessas operações, contudo, não foram suficientes para neutralizar a saída vista no setor financeiro.

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