A valorização mundial do milho e da soja forçaram alta nos preços do frango, fazendo com que os produtores do Paraná voltassem a investir na produção, depois de um ano de crise. O aumento no custo da alimentação não abateu o setor e o número de animais alojados já voltou aos patamares anteriores à crise deflagrada no início de 2006 pelo avanço da gripe aviária na Ásia. A avaliação partiu ontem do presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, na abertura da 2.ª Ave Expo, em Curitiba.
"Nossa expectativa é de que a produção cresça 12% em 2007, tanto a direcionada ao mercado interno quanto à destinada ao exterior", afirmou Martins. No ano passado, apesar de ter liderado a produção e a exportação, o Paraná arrecadou 9% a menos que em 2005 com as vendas externas, que somaram R$ 867,4 milhões.
Conforme o Sindiavipar, a produção do Paraná acaba de ultrapassar a marca de 90 milhões de cabeças ao mês. Esse índice já tinha sido atingido em fevereiro do ano passado, mas caiu para 78 milhões em abril. O milho, que representa 65% da alimentação dos frangos, teve o preço elevado em um terço. Mas a avicultura mostra novo ânimo. "De nada adianta pagar R$ 12 pelo milho (saco de 60 kg), como no ano passado, e vender o frango a R$ 1 (o quilo)", disse Martins. Hoje o produtor de milho do Paraná recebe R$ 16,92 por saco. Os preços do frango ainda se recuperam, após queda de 13,1% em 2006.
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