A empresa de cosméticos Avon, que se desfez das operações na América do Norte no início deste mês, planeja cortar 2,5 mil postos de trabalho e transferir sua sede de Nova York para o Reino Unido em uma ação de redução de custos.
As mudanças vão gerar despesas únicas de cerca de US$ 60 milhões no primeiro trimestre pela separação e outros custos, informou a companhia em comunicado nesta segunda-feira. Até 2017, a empresa esperar economizar até US$ 70 milhões pelos cortes.
A ação segue a venda dos negócios na América do Norte, quando o fundo Cerberus Capital Management comprou a maior parte do controle da divisão. A cisão fez com que a Avon se concentrasse no exterior, onde a venda de cosméticos de porta em porta são mais populares.
A transferência da sede para o Reino Unido é parte de um esforço para reduzir a infraestrutura corporativa, afirmou a empresa, que já tem operações comerciais “significantes” no país.
“As ações que estamos tomando hoje vão aproximar nossos negócios corporativos e comerciais, o que aprimorar a eficiência, melhorar a efetividade operacional e entregar economias de custos significantes”, disse a CEO Sheri McCoy na nota.
Após o anúncio, as ações da Avon subiram até 3,9%. O papel da companhia este ano já avançou 8,1% até esta segunda-feira.
Acordo com o Cerberus
A mudança do escritório corporativo para outro continente completaria a transição iniciada em dezembro, quando a Avon anunciou os planos de separar a divisão na América do Norte. Como parte do acordo com o Cerberus, o fundo investiu US$ 435 milhões na Avon e US$ 170 milhões na recém-criada companhia americana.
A Avon registrou quatro anos de queda nas vendas, estimulando a busca pelo acordo com o fundo. A ideia era se desfazer do negócio na região e se concentrar em mercados com potencial maior.
“Com a recente realização da venda do negócio na América do Norte, nossas operações comerciais estão completamente fora dos Estados Unidos, permitindo-nos repensar dramaticamente nosso modelo operacional”, afirmou a diretora executiva.