A Aymará Educação, empresa fundada em Curitiba em 2006, encerrou suas operações na cidade na semana passada, demitindo quase todos os funcionários alocados nas unidades da capital. De acordo com Marcelo Arantes, diretor-geral da Aymará, cerca de 20% dos colaboradores que trabalhavam em Curitiba foram convidados a trabalhar na sede paulista.

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"Optamos por fazer de São Paulo o coração da Aymará", afirmou Arantes em entrevista por telefone à Gazeta do Povo. Além de a capital paulista ser o maior mercado editorial do país, Arantes dá uma razão estratégica para a mudança de sede. "Curitiba é conhecida nacionalmente como um polo industrial de sistemas de ensino. Estrategicamente, não interessa à Aymará ser comparada a esse tipo de material", explicou.

A empresa não quis divulgar quantas pessoas foram demitidas. De acordo com informações da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Difusão Cultural e Artística, cerca de 30 devem comparecer ao sindicato para rescisão de contratos neste mês. Alguns funcionários ouvidos pela Gazeta do Povo afirmam que o número poderia ser de mais de 100.

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Os colaboradores que aceitaram trabalhar em São Paulo deverão receber um pacote de bonificações e incentivos para facilitar a mudança. De acordo com Arantes, todos os outros deverão receber ajuda de uma consultoria para recolocação no mercado. Um funcionário, que não quis se identificar, nega que tenha recebido o benefício.

No fim de 2011, a Aymará Educação já havia passado por um processo de demissão. Arantes, porém, garante que os dois eventos não estão relacionados. "2011 não foi um bom ano para a Aymará, então precisamos reduzir a equipe para conter custos", disse.

A Aymará Educação foi fundada em Curitiba em 2005, com foco no mercado de educação multimídia. Atende escolas públicas e privadas da educação infantil ao ensino médio, além de instituições de ensino superior, na modalidade de ensino a distância. É especializada na produção de conteúdo educacional em diferentes plataformas – livros impressos, áudio, vídeo e outros.

No ano passado, a empresa inaugurou sua sede em São Paulo e chegou a divulgar crescimento expressivo, com a expectativa de fechar o ano com faturamento maior e aumento de 20% no número de funcionários. Mas, em novembro, após mudanças na direção da empresa, várias pessoas foram demitidas.