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Azul e Trip criam competidor de peso na aviação

Aviões de Trip e Azul em Viracopos: nova empresa será líder em número de cidades atendidas | Juca Varella/Folhapress
Aviões de Trip e Azul em Viracopos: nova empresa será líder em número de cidades atendidas (Foto: Juca Varella/Folhapress)

As companhias aéreas Azul e a Trip confirmaram ontem a fusão de suas operações. A união das empresas formará um grupo dono de cerca de 14% do mercado doméstico brasileiro, líder no número de destinos atendidos (96 cidades, entre as 108 localidades brasileiras que recebem voos regulares) e com previsão de receita de R$ 4,2 bilhões neste ano. O negócio ocorre pouco mais de um ano após a TAM assinar uma carta de intenção de compra de 31% da Trip, opção que não foi exercida.

A negociação resultou na criação da holding Azul Trip, controladora das duas companhias aéreas. A operação faz dos grupos Capriolli e Águia Branca, donos da Trip, os maiores acionistas da holding Azul Trip. Há uma semana, eles recompraram 26% das ações da Trip que estava nas mãos da americana SkyWest e se tornaram os únicos controladores da companhia, com participação igualitária. A Azul tem capital distribuído nas mães de fundos como Gávea, TPG e Weston Presidio e do fundador David Neeleman. Ele será o presidente da nova holding.

Azul e Trip aguardam o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para começar a integrar as empresas. Após as aprovações, devem integrar suas malhas e adotar uma marca única.

Para o consultor de aviação Nelson Riet, a compra da Trip deve aumentar a rentabilidade da operação regional da Azul. "Ela estará sozinha neste mercado", disse. TAM e Gol trabalham com aviões de grande porte, que inviabilizam voos para cidades menores. A fusão pode elevar os preços de voos regionais, mas tende a diminuir os valores cobrados nas rotas entre grandes cidades, disse Baron.

Demanda cresce 5,3% em abril

Folhapress

A demanda por transporte aéreo doméstico cresceu 5,3% em abril na comparação com o mesmo período de 2011, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A oferta de transporte aéreo doméstico cresceu 7,3%. Os números são os mais altos desde 2000, quando a pesquisa começou.

No acumulado dos primeiro quatro meses de 2012, o crescimento da demanda foi de 6,8%, em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a oferta cresceu 10,3%. No transporte aéreo internacional, a demanda caiu 1,5% em abril em comparação o mesmo mês de 2011; a oferta teve redução de 1,7%. No primeiro quadrimestre deste ano houve crescimento da demanda de 1,8% e queda da oferta em 2,2%.

Entre as empresas que têm mais de 1% de passageiros no mercado doméstico, Avianca e Trip foram as que mais cresceram em abril.

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