A Azul já estuda a aquisição de aviões de grande porte, de fabricantes como Boeing e Airbus, afirmou nesta terça-feira (18) à tarde o diretor de marketing da Azul, Gianfranco Beting. "No médio prazo, dentro de cinco anos, isso é possível. Tanto para voos internacionais como para atender grandes capitais no Brasil", disse Beting. Segundo o diretor da Azul, a eventual entrada da companhia no aeroporto de Congonhas não seria determinante para a aquisição de aviões maiores, mas pode acelerar esse processo.Atualmente, a empresa voa com jatos da Embraer, de até 120 assentos, e também com aviões turboélice menores, do fabricante ATR.
Beting afirmou que se a companhia receber o direito de realizar pelo menos quatro pousos ou decolagens por hora, os aviões da Embraer são suficientes para que a Azul "ganhe dinheiro" mantendo o preço das passagens competitivo. Beting defendeu a redistribuição de slots (direitos de pouso e decolagem em horário determinado) em Congonhas, mas apenas daqueles que estão subutilizados pelas companhias que hoje operam no aeroporto.
"A gente repudia a retirada de slots de quem tem e está usando. Isso é um direito inalienável", disse. "Mas os slots de gaveta, que a gente sabe que as companhias não usam é que devem ser redistribuídos".
O governo está elaborando novas regras para a distribuição de slots e pretende com isso abrir espaço para a entrada da Azul.