A Azul, a maior companhia aérea do Brasil em número de voos e destinos atendidos, informou nesta segunda-feira (13), em fato relevante, que requereu ao Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, onde está o processo da Avianca Brasil, uma autorização específica para fazer uma nova proposta para a empresa. A ideia é oferecer um valor mínimo de US$ 145 milhões por uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) que envolveria um pacote de horários chegada e partida operados empresa, incluindo os da cobiçada ponte aérea Rio-SP.
Esta é, na prática, a segunda oferta da Azul por ativos da Avianca. A primeira oferta, de US$ 105 milhões, foi feita ainda em março. Mas, em abril, a companhia se viu "deixada de lado", quando a gestora Elliot, maior credora da Avianca, apresentou uma proposta de fatiamento da empresa com compromissos assinados com a Gol e a Latam.
Na prática, as três concorrentes (Azul, Gol e Latam) estão habilitadas para o leilão da Avianca, que deveria ter acontecido no último dia 7, mas foi suspenso, por pedido de outra credora, a Swissport, que busca anular o plano de recuperação judicial aprovado por se ver prejudicada nele.
No comunicado, a Azul disse acreditar que "o pedido para alienação judicial da Nova UPI confere à Avianca Brasil, seus empregados, consumidores, credores e demais interessados uma alternativa legal e legítima para viabilizar a monetização, o uso continuado de bens e a preservação de atividades, as quais correm grave risco de paralisação e rápida deterioração das atividades da companhia, no melhor interesse do mercado de aviação e todos os envolvidos". Além disso, afirmou a companhia, "a Nova UPI oferece uma real alternativa para aumentar a competitividade na ponte aérea Rio-SP."
Ainda segundo a Azul, o novo pedido não invalida o plano do leilão, recentemente suspenso por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. "Na visão da Azul, a alienação judicial da Nova UPI oferece uma alternativa viável e verdadeiramente implementável, especialmente do ponto de vista operacional, regulatório e concorrencial."
O pedido da Azul ainda está sujeito à análisedo Juízo da RJ.