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Baixa renda puxa avanço de 24% do e-commerce no 1.º semestre

Famílias de baixa renda foram as principais responsáveis pelo aumento de 24% nas vendas do varejo eletrônico no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, mostrou uma pesquisa da consultoria e-bit divulgada nesta terça-feira.

No acumulado do ano, as empresas de comércio eletrônico obtiveram faturamento de 8,4 bilhões de reais, frente ao avanço de 6,8 bilhões de reais no mesmo intervalo do ano anterior, segundo a pesquisa.

De acordo com a pesquisa, 61 por cento dos novos consumidores da Internet nos seis primeiros meses do ano eram de famílias com renda inferior a 3 mil reais. No total, o período contou com 4 milhões de usuários que fizeram compras online pela primeira vez.

Segundo a consultoria, a previsão é que as vendas sejam ainda maiores na segunda metade do ano, que costuma responder por 55 por cento das vendas anuais.

Assim, espera-se faturamento de 10,3 bilhões de reais de julho a dezembro, o que implicaria em um crescimento de 26 por cento nas vendas fechados do ano sobre as de 2010 --quando o as vendas do setor totalizaram 14,8 bilhões de reais.

Entre os bens mais consumidos ficaram os eletrodomésticos, seguidos por produtos de informática, a categoria de saúde, beleza e medicamentos e pelo setor de livros e assinaturas de jornais e revistas.

A pesquisa também mostrou uma carência de mão-de-obra qualificada para atuar no setor, sendo que a maior dificuldade citada por varejistas para fazer contratações foi o não atendimento das "habilidades necessárias" pelo candidato.

Apesar do crescimento das ameaças virtuais, o estudo revelou que 70 por cento dos entrevistados afirmam sentir-se mais seguros comprando na Internet do que há dois anos.

Um estudo do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) revelou em junho aumento de 40 por cento no número de notificações de ataques de segurança na Internet brasileira no segundo trimestre.

Mesmo com o incremento no sentimento de segurança, ainda observa-se, porém, resistência no uso de serviços bancários online.

Segundo o relatório, 26 por cento dos entrevistados afirmaram não fazer uso de serviços de Internet banking, dos quais 58 por cento relataram não se sentir seguros com operações bancárias online.

As mulheres sentem-se mais seguras nesse tipo de operação, mesmo conhecendo menos sobre seu funcionamento. A maioria dos entrevistados que afirmou não utilizar o serviço era homem, com maior nível de estudo e renda.

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