São Paulo - O resultado surpreendente da balança comercial tanto em dezembro quanto no acumulado de 2011 leva a crer que em 2012 o saldo deve voltar a ser expressivo, na opinião do economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria Integrada. Preliminarmente, ele prevê que o saldo comercial deverá encerrar este ano em US$ 25 bilhões.
Ontem, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 29,790 bilhões em 2011 (47,8% maior que em 2010) e ficou positiva em US$ 3,817 bilhões em dezembro. As exportações totalizaram no ano passado recorde de US$ 256,04 bilhões, um crescimento de 26,8% na comparação com 2010. Já as importações tiveram alta de 24,5%, registrando US$ 226,25 bilhões, também o maior número da história. A corrente de comércio, pela primeira vez na história, ultrapassou os US$ 300 bilhões, atingindo US$ 482,29 bilhões.
"É um resultado importante. Mostra que, mesmo com a piora da crise internacional nos últimos meses, o saldo comercial continuou sólido. Cria a percepção de que neste ano o país terá um novo resultado bom, considerando que não haja nenhuma ruptura externa. Se isso acontecer, é claro que as coisas mudam", avaliou Campos Neto. Comercializados especialmente com a China, o minério de ferro e de soja são os produtos campeões da pauta de exportação.